Início Site Página 5

Como consertar telhado com vazamento?

Um telhado de boa qualidade depende de três estruturas principais: a força dos suportes, a distribuição da carga nesses suportes, e a conexão entre essas partes, que envolve tanto a impermeabilização do telhado, quando a fixação das telhas. Todas essas três estruturas básicas tem um pior inimigo: a água.

Chuvas fortes, ventos, granizo. Esses elementos contribuem para “testar” ou “estragar” seu telhado. E se você tem um telhado com goteiras ou vazamentos, muitas vezes, o que os “especialistas” sugerem é a troca das telhas. Mas o problema em si, pode ser mais profundo, como algum dano estrutural por carga, ou simples, como uma telha mal encaixada.

O diagnóstico correto desses problemas é realizado por um profissional qualificado, como um engenheiro civil ou técnico em edificações. Este profissional deve acompanhar todo o projeto, ou corrigir o seu projeto existente, e executar os trabalhos de reparo na sua residência. Aqui, neste artigo, apenas orientaremos nossos leitores sobre as possíveis causas de vazamentos nos telhados e como consertar esses vazamentos.

Consertar telhado com vazamento em época de chuva: não faça!

Quero começar com uma dica simples, que muita gente sequer pensa. Quando você está em um lugar em época de chuva, e seu telhado começa a apresentar vazamentos, QUALQUER reparo a ser realizado deve ser feito de forma emergencial, não permanente. Telhas quebraram durante um vento mais forte? Chame profissionais para cobrir seu telhado com lonas. Tem uma laje com infiltração pesada? Espere um dia de tempo estável, e passe uma tinta ou massa impermeabilizante sobre a laje, até parar a época de chuvas e você poder aplicar uma manta asfáltica sobre a superfície.

Mesmo danos estruturais durante a chuva precisam de tempo estável para serem realizados com segurança e qualidade. Antes da instalação definitiva, você pode usar escoras e suportes temporários. Mas nunca faça reparos em telhados durante épocas de clima instável, ou você pode acabar com um problema maior do que uma simples goteira.

Consertar telhado com goteira

Por incrível que pareça, as causas de uma goteira podem não estar relacionadas diretamente à água, e podem não ser, necessariamente, goteiras. Vamos explicar.

Telhas – Uma infiltração pode causar o apodrecimento ou oxidação de toda a estrutura do seu telhado, bem como abrir caminho para infestações de insetos, mofo, e bolor. Essa infiltração na estrutura, quando atinge seus níveis mais altos, pode causar goteiras, porque já umedeceu toda a estrutura antes de começar a gotejar. A água da umidade pode vir da chuva ou pode vir de encanamentos da caixa d’água, em alguns casos.

Insetos e animais – Pássaros, ratos, cupins, mariposas, traças. Esses são apenas alguns dos animais que podem encontrar no seu telhado um lar e, com isso, acabar com toda a estrutura e suporte do seu telhado. Quando uma goteira aparece, pode ser o resultado de um ou mais dessas pragas agindo, atacando a estrutura do telhado, e provocando vazamentos.

Falha estrutural ou de projeto – É, com certeza, a causa mais comum de infiltrações em telhados. Pode ser que você ou o responsável técnico escolheu um tipo de telha não apropriado ao projeto, ou a impermeabilização das calhas e rufos não foi bem feita. Você pode até corrigir um erro ou outro com facilidade, masse a estrutura e o projeto não forem todos corrigidos, você terá problemas de novo.

Como consertar telhado vazando? Como consertar telhado fora de esquadro? Como consertar telhado com pouca caída?

Calma calma, não criemos pânico! Primeiro de tudo, você não vai sair consertando nada: você vai chamar um técnico em edificações ou engenheiro civil para diagnosticar o problema. Por que digo isso? Porque é mais econômico, no médio e longo prazo, além de mais seguro. São sugestões simples, como usar um material diferente no lugar X, ou colocar um cano na posição Y. Mas essas pequenas sugestões são pensando no futuro, quando for necessária a troca e manutenção desses itens.

Ao mesmo tempo, já vi gente colocar manta asfáltica em laje esquecendo completamente de colocar um cano para drenar a água, e acabando com uma piscina de água durante as chuvas. Todo projeto está propenso a pequenos erros, mas fazer os projetos sem ter conhecimento técnico, ou executar sem o acompanhamento profissional adequado, você vai acabar no prejuízo.

Lista de verificação de problemas no telhado

Se você está com problemas no telhado hoje, a falha no projeto já aconteceu. Corrigir as falhas é mais demorado do que fazer do zero, principalmente devido à necessidade de fazer um diagnóstico correto do problema, e saber por onde começar.

Verificação das Telhas – Comece sempre a verificação pela parte superior do telhado, ou seja, as telhas. Verifique e procure por vazamentos, parafusos com borrachas de vedação secas, buracos, acúmulos de lodo e sujeira. Veja se as telhas estão sobrepostas corretamente, principalmente no caso de telhas de barro. Faça uma verificação das calhas, fazendo uma limpeza de manutenção e um teste de caimento de água, usando uma mangueira. Troque a calha por completo, se ela for muito pequena, ou se ela estiver com problemas de caimento e drenagem. Durante a inspeção, faça o mesmo teste de água sobre os rufos, curvas do telhado, e todo o encanamento de drenagem pluvial. Troque todas as telhas que estão quebradas e/ou empenadas.

Verificação do suporte do telhado – Telhado fora do esquadro e telhado com pouca caída estão relacionados, diretamente, a problemas na estrutura. Pode ocorrer, em muitos casos, da estrutura ceder ao peso das telhas, causando “barrigas” na estrutura que tiram as telhas do lugar. Essas mesmas barrigas também podem acumular água, pesando mais o telhado, até caindo sobre os moradores. Uma estrutura problemática, no entanto, é mais delicada do que uma simples verificação e troca das telhas. Dependendo do problema, poderá ser necessária a troca de todo o telhado, ou de todas as telhas por um tipo mais leve.

Escoras e suportes temporários – É opcional colocar escoras temporárias de suporte ao telhado, caso ele esteja fora do esquadro, para correção gradual do problema. O técnico em edificações ou o engenheiro irão direcionar o correto posicionamento das escoras temporárias, até que haja dinheiro ou tenha início a correção definitiva.

Verificação das “juntas” de um telhado – Nos rufos, calhas, canos, e juntas das telhas, é preciso fazer uma verificação de todos os impermeabilizantes usados, tais como silicone, veda calha, soldas, borrachas, etc. Para telhados de metal, a solda entre as superfícies de metal é mais eficiente do que silicone ou veda calha, na hora de fazer a impermeabilização dessas “juntas”. No caso de telhas de barro/cerâmica ou amianto/semelhantes, o ideal é usar uma manta em qualquer tipo de junção entre as telhas, ou ter um profissional fazendo um encaixe e fixação muito bom de cada telha.

Verificação hidráulica do telhado  – Todos os canos de distribuição de água da caixa d’água, e das águas pluviais, devem ser verificados. Os canos, principalmente quando tem que “furar” a laje, pode criar pontos vulneráveis de infiltração, que devem ser corrigidos para evitar que as infiltrações piorem.

Impermeabilize a laje antes de colocar o telhado – Outra coisa que deve ser feita é a impermeabilização da laje. Muitas pessoas, achando que vão resolver o problema de infiltração, apenas colocam as coberturas de metal por cima de suas lajes, criando um espaço extra, geralmente usado como lavanderia ou espaço para festas. Só que quando chove, a chuva ainda passa pelas laterais abertas, entra na lage, acumula, e continua causando infiltração.

Antes da colocação de qualquer telhado, mesmo em estruturas onde não há a criação de um desses “espaços”, a impermeabilização do telhado deve ser realizada. Pode ser com uma tinta impermeabilizante, uma manta asfáltica, ou outra substância impermeabilizante recomendada por profissionais e fabricantes. O impermeabilizante, quando bem aplicado, pode ainda funcionar como isolante térmico, melhorando o conforto térmico da residência.

Goteira e infiltração: muito mais do que isso!

Se você não percebeu até agora, vamos ser mais diretos: uma goteira ou infiltração é um sintoma de um problema maior. Raramente esses problemas aparecem sozinhos, ou seja, sem serem causados por outros erros na estrutura, execução, ou manutenção do telhado. Uma goteira, por exemplo, pode vir da parte superior do telhado, escorrer até a parte inferior, e acumular água, e você achar que a parte inferior do telhado é que está com problemas.

Faça uma inspeção no seu telhado anualmente antes da época das chuvas. Faça a limpeza e troca das calhas danificadas anualmente, bem como a troca de qualquer estrutura danificada. Lave as telhas de barro que tem lodo, troque telhas antigas por modelos mais modernos. Telhados com mais de 10 anos precisam, na maioria das vezes, de uma troca e verificação de toda a estrutura.

Até a próxima.

 

Créditos: Fórum da Construção

Bloco de concreto x bloco cerâmico na alvenaria estrutural

Na alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria portante, vedação e estrutura funcionam como um só. Os blocos são organizados de forma a serem capazes de suportar todas as cargas da construção.

Há possibilidade de uso de blocos cerâmicos e de concreto e essa escolha depende de vários fatores. Preço, propriedade térmicas, acabamento e rapidez são características que os consumidores devem estar atentos na hora de escolher o produto a ser usado na construção.

Confira a seguir todas as vantagens e desvantagens de usar o bloco cerâmico e o bloco de concreto com função estrutural:

Bloco de concreto

Esses blocos são compostos por agentes expansores, água, cal e cimento. A mistura de materiais é preparada e colocada em uma forma e em seguida, passa por um equipamento de vibração e prensagem. A última etapa é o processo de cura, que é feito dentro de câmaras de vapor, a fim de evitar a formação de fissuras.

A Associação Brasileira de Cimento Portland divulga uma lista das marcas que possuem o selo de garantia que garante adequação às normas da ABNT. Geralmente as peças desse material vem com tamanho padrão, o que permite que as paredes sejam erguidas com alinhamento mais definido.

Devido ao tamanho maior dos blocos, é possível ter agilidade na construção fazendo com que o levantamento das paredes seja mais rápido. Infelizmente, a adição de cimento em sua composição aumenta o impacto ambiental desse produto.

Comparado com os outros tipos de tijolos, o bloco de concreto possui a maior resistência entre todos e no caso da alvenaria estrutural podem suportar o peso de toda a construção sem a necessidade de vigas e pilares.

Esse tipo de material pode ser revestido internamente com apenas uma demão de argamassa ou gesso e a cerâmica pode ser aplicada diretamente em sua superfície. Dessa forma é possível economizar com revestimento.

Como o tijolo de concreto é em média 40% mais pesado que os modelos cerâmicos, o manuseio do produto no canteiro de obra pode ser um pouco complicado. As juntas de dilatação em construções erguidas com blocos de concreto devem ser menores já que o material se movimenta mais que os outros tipos de produto.

Bloco cerâmico

A cerâmica vermelha desse material são obtidas após a queima da argila em altíssima temperatura, o que garante qualidade às peças. Por serem mais leves, representam maior produtividade no canteiro de obras e por outro lado quebram com mais facilidade.

Suas propriedades físicas oferecem excelente conforto acústico e seu coeficiente de condutibilidade térmica é três vezes menor, o que proporciona conforto também térmico. As emissões de CO2 no ciclo de vida do produto, o que torna o seu uso mais sustentável.

Outra vantagem muito levado em conta pelos consumidores é o preço, já que o bloco cerâmico é mais barato que o feito de concreto.

O bloco cerâmico, porém, é menos aderente à argamassa e exige mais revestimento. Outra desvantagem é que ele é menos regular geometricamente e possui menor resistência mecânica que o de concreto.

 

Até a próxima.

 

Créditos: Fórum da Construção

DRYWALL: POR QUE USAR ESSE SISTEMA?

Você já ouviu algum conhecido falar algumas dessas frases ?

  • Drywall é fraco…
  • Drywall não serve…
  • Dá para ouvir o vizinho abrindo a torneira…
  • Não dá para pendurar nada na parede de drywal…

O que seu conhecido não sabe é que o mundo inteiro usa Drywall.

Esse sistema é composto por uma estrutura metálica de sustentação e placas que ficam em contato com o meio externo, elas podem ser de madeira, material cimentício ou placas de gesso.

Aqui no Brasil ele é mais conhecido como o sistema composto de estrutura metálica e placas de gesso acartonado. Existem outras partes menos lembradas que também compõe o sistema como rede de elétrica e água, isolamentos térmicos e acústicos.

Primeiramente gostaria de esclarecer dois pontos importantes:

  • Drywall x Steel Frame: O Drywall é um sistema de vedação, não serve, por exemplo, como estrutura de uma casa. Por outro lado o Steel Frame serve como estrutura, podendo até mesmo servir para suporte de pavimentos superiores, telhado, etc.. Em uma comparação simples o drywall é um steel fame com perfis metálicos menos robustos.
  • O drywall serve para parede externa? Sim, as paredes externas podem ser de drywall, a diferença é que você deve usar placas cimentícias ao invés de gesso acartonado.

Nesse artigo vamos discutir sobre 4 principais objeções do uso de Drywall:

  1. Preço
  2. Capacidade de Carga
  3. Acústica
  4. Comparação com a parede de alvenaria

#1) Preço

Uma parede de drywall simples, sem tratamentos acústicos esta custando entre 50 e 70 reais o m².  Esses valores podem variar muito com as exigências, por isso é aconselhável fazer orçamentos especificando quais as combinações e isolamentos serão adotadas.

#2) Capacidade de carga:

É verdade que as paredes de drywall não apresentam a comportamento semelhante ao da alvenaria. Porém, pouca gente percebe que as placas podem suportar até 30 kg por ponto de apoio, se colocarmos reforços ligados à estrutura podemos atingir até 50 kg! Isso é mais do que suficiente para suportar os objetos que você precisa, lembrando que você pode usar mais pontos de apoio se precisar.

#3) Isolamento Acústico

A acústica é um dos itens mais importantes quando falamos de parede de drywall, porque ela reflete diretamente na privacidade dos usuários do edifício. Esse tema é alvo constante de queixas.

Consideramos essas reclamações injustas uma vez que a, com a ABNT NBR 15.575 (Norma de Desempenho), os níveis de desempenho foram parametrizados e tornaram-se obrigatórios. O sistema permite diversas categorias de isolamento acústico e um bom projeto com boa execução superam essa necessidade. Portanto, o que ocorre são falhas decorrentes de práticas inadequadas.

#4) Drywall vs. Alvenaria

Elaboramos uma lista com os principais pontos de comparação entre os dois sistemas de vedações verticais que brigam por espaço no mercado:

  • Velocidade de Execução: A execução do drywall é mais rápida.
  • Peso: Paredes de drywall pesam aproximadamente 20% do peso de uma parede de alvenaria, isso tem consequências diretas nos carregamentos da estrutura, redução média em 10%.
  • Custo: Estudos têm mostrado que o drywall já apresenta preço semelhante ao da alvenaria, como neste artigo Gesso acartonado X alvenaria de bloco cerâmico da revista Construção Mercado.
  • Desempenho acústico: o drywall tem performance superior com menores espessuras, mas depende de uma execução correta.
  • Acabamento: Se bem executado o drywall proporciona acabamento (planicidade e textura) muito superior ao dos sistemas de alvenaria convencionais.
  • Resistência Mecânica: As placas de gesso não proporcionam a mesma resistência mecânica ao impacto das paredes me alvenaria.
  • Mão-de-obra: Ao contrário da alvenaria que convive com improvisos, o drywall não aceita gambiarras no processo executivo, o qual deve ser realizado por mão-de-obra treinada e ter projeto específico. Por outro lado, o sistema proporciona redução em até 50% da mão-de-obra por metro quadrado.
  • Aceitação: O drywall ainda é pouco aceito no mercado imobiliário.

Última Dica: A grafia correta é drywall e não dry wall ou dry-wall.

Até a próxima!

Créditos: Engenheiro no Canteiro

EVITE ESSES ERROS NA HORA DE RECEBER, INSPECIONAR E ARMAZENAR BARRAS, FIOS E TELAS DE AÇO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

O aço é um dos materiais mais utilizados na construção civil e você já sabe que ele é o grande responsável por potencializar a resistência do concreto armado, principalmente quanto à tração.  Para garantir que esse material fantástico funcione 100% como o engenheiro estrutural projetou, você precisa garantir a montagem da estrutura com cada barra em sua posição. No entanto, antes ainda da armação da estrutura dentro da forma, muito engenheiro se esquece de que o aço precisa ser ensaiado, recebido e armazenado corretamente.

De que adianta executar o projeto estrutural com o arranjo perfeito das ferragens se os vergalhões estão em estágio avançado de corrosão ? Você consegue imaginar o que poderia acontecer com uma varanda que recebeu uma armadura negativa reprovada no ensaio de resistência e sofre um esforço próximo do seu estado limite?

Se você sentiu um frio na barriga é porque sabe o peso da responsabilidade técnica

Continue lendo este artigo para conhecer dicas essenciais como:

  • Quais os ensaios normatizados que o aço de construção civil precisa passar para ser aceito no canteiro;
  • Como inspecionar o recebimento de um pedido de aço que acaba de chegar na obra;
  • Como estocar o aço de forma a preservar sua integridade e resistência.

Lembre-se que estamos falando somente do aço e somente esses pontos não garantem que a estrutura trabalhe com segurança. O concreto e seus componentes (água, areia, cimento e brita) também tem seus cuidados especiais e serão tratados em outro artigo.

Controle Tecnológico do Aço

O aço utilizado em obra (seja ele em barras, telas, fios, cordoalhas ou luvas) precisa possuir certificação da sua qualidade pelo fabricante de acordo com as normas técnicas específicas.

Esse certificado de qualidade deve vir junto com a nota fiscal e nele conter os resultados exigidos pelas normas técnicas, por exemplo:

  • Barras de aço para armadura: resistência à tração (escoamento e ruptura), dobramento e alongamento, conforme ABNT NBR 7480;
  • Cordoalhas: resistência à tração, de dobramento alternado e de relaxação, conforme ABNT NBR 7483.

Se o certificado apresenta resultados positivos, o aço não precisa passar por outros ensaios, a não ser que por demandas específicas do projetista estrutural.

E quais são essas normas aplicáveis? A lista abaixo apresenta as principais delas, mas sempre pesquise se elas sofreram alterações, foram substituídas ou se surgiram novas normas!

  • ABNT NBR 6349:2008 – Barras, cordoalhas e fios de aço para armaduras de protensão – Ensaio de tração
  • ABNT NBR 7480:2007 – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação
  • ABNT NBR 7481:1990 – Tela de aço soldada – Armadura para concreto
  • ABNT NBR 7482:2008 – Fios de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação
  • ABNT NBR 7483:2008 – Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação
  • ABNT NBR 7484:2009 – Barras, cordoalhas e fios de aço destinados a armaduras de protensão – Método de ensaio de relaxação isotérmica
  • ABNT NBR 8548:1984 – Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou por solda – Determinação da resistência à tração
  • ABNT NBR 14931:2004 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento (estabelece critérios para aceitação de luvas para emendas de barras)

Recebimento e Inspeção do Aço

Quando o caminhão com o pedido de aço chega no canteiro, as condições gerais do material são o primeiro item que você precisa verificar. O aço em barras, fios, telas ou cordoalhas tem que ser entregue limpo, isto é, livre de materiais estranhos e corrosão/ferrugem excessiva na superfície. As bainhas de cordoalhas para concreto protendido não podem apresentar rasgos ou falhas.

Se tudo estiver em boas condições, o próximo passo é conferir o romaneio. Cheque o número do pedido e a descrição da nota fiscal. Quando o aço vem cortado e dobrado, compare as informações nas etiquetas do fornecedor com o projeto de armação.

Uma dúvida bastante frequente é sobre a conversão entre bitolas das barras em milímetros (mm) e polegadas (“), então, para facilitar sua dura rotina, preparamos uma tabela de conversão para ajudar:

Bitola/diâmetroMassa linear
polegada (“)(mm)(kg/m)(kg por barra 12m)
3/16″5,00,1541,9
1/4″6,30,2452,9
5/16″8,00,3954,7
3/8″10,00,6177,4
1/2″12,50,96311,6
5/8″16,01,57818,9
3/4″20,02,46629,6
1″25,03,85346,2
1.1/4″32,06,31375,8

Obs.: Fornecedores consideram massas lineares diferentes.

Por último, e antes de descarregar o caminhão, veja o Certificado de Qualidade do lote recebido, o qual deve estar junto com a nota fiscal e conter resultados exigidos como já te explicamos. Guarde este documento, ele será muito útil se algum problema futuro ocorrer.

Armazenamento do Aço em Obra

O armazenamento dos materiais de obra precisa ser levado bastante a sério para garantir a qualidade do uso. Idealmente o canteiro precisa ter um projeto com o layout de disposição de todos os materiais seguindo orientações e sugestões dos fabricantes. Também é interessante seguir o princípio de organização de forma que os materiais utilizados com mais freqüência tenham melhor acesso.

Sobre estocagem do aço, separamos dicas que te ajudarão a proteger os materiais e economizar muito!

  • Barras e fios de aço
    • Armazene sem contato direto com o solo, utilize caibros ou pontaletes;
    • Estoque sempre em local coberto e protegido de intempéries (sol, chuva, umidade…);
    • Caso precise estocar a céu aberto, pelo menos cubra o aço com lona plástica durante longos períodos de chuvas ou longos períodos de estocagem;
    • Procure separar as barras por feixes e agrupadas por bitolas/diâmetro, ou até por elemento estrutural onde será utilizada, aumentando a produtividade do canteiro;
    • Catalogue o material utilizando etiquetas em locais visíveis;
    • Separe os recortes e sobras de aço em locais específicos, eles poderão servir em elementos não estruturais (como vergas e contravergas pré-moldadas em obra) ou para revenda;
    • Evite que o material tenha contato direto com o solo durante o manuseio, garantindo que não haja impregnação de sujeira na superfície e diminuindo a aderência com o concreto;
    • Por último, e muito importante, armazene longe de instalações elétricas!
  • Aço de protensão
    • Mantenha o material preferencialmente na embalagem original do fabricante, suspensos ou sobre pranchado de madeira (pelo menos 20 cm do chão) para evitar contato com o solo e proteger da umidade;
    • Estoque em local coberto, protegido de chuva, vento e grandes variações de temperatura;
    • Evite que as cordoalhas engraxadas fiquem expostas ao sol por muito tempo, porque pode provocar o ressecamento da bainha e comprometer a peça inteira;
    • Separe e identifique os rolos de diferentes especificações (ex. número, comprimento e lote), confusões no momento de montagem podem causar retrabalho desnecessário;
  • Telas de aço
    • Armazene as telas sobre pontaletes, separadas por tipo, com placas de identificação, sem contato direto com o solo;
    • Assim como recomendado com as barras e fios, evite que o material tenha contato direto com o solo durante o manuseio;
    • Em caso de longos períodos de chuvas ou logo período de estocagem, cobra as telas com lona plástica;
    • Quanto à altura do empilhamento das telas, respeite o limite de 2 rolos ou 50cm (quando não estiverem em rolos);
    • Não se esqueça de travar os rolos para que eles não se movimentem;
    • Novamente, armazene longe de instalações elétricas!

Resumo Prático

Agora que você é um especialista em aço na obra, fica aqui um resumo simplificado de tudo que passamos pra você:

  • Ao receber o aço, verifique:
    • Número do pedido;
    • Descrição do pedido;
    • Condições gerais do material;
    • Conferência das etiquetas ou plaquetas com o projeto;
    • Recebimento do “Certificado de Qualidade” do lote recebido com a nota fiscal;
  • Ao estocar o aço:
    • Escolha um local coberto e protegido;
    • Separe e etiquete os materiais por tipo/diâmetro;
    • Armazene sem contato direto com o solo;
    • Mantenha distância de instalações elétricas!

Até a próxima!

Créditos: Engenheiro no Canteiro

TRAÇO DE ARGAMASSA: 3 PONTOS DE ATENÇÃO PARA ESCOLHA NA SUA OBRA

Se você já tocou obras pequenas, provavelmente delegou a dosagem do traço das argamassas para o pedreiro ou mestre de obras, confiando na experiência prática desses profissionais. Conforme as obras aumentam de tamanho, a responsabilidade da escolha dos materiaistambém cresce. A opção mais comum dentro dos grandes canteiros é apelar para as argamassas industrializadas que garantem a quantidade correta de cada componente (também chamado de traço).

Temos 2 principais tipos de argamassas:

  • Argamassas Prontas ou Industrializadas: Necessitam apenas do acréscimo de água e podem ser ensacadas ou fornecidas em silos.
  • Argamassas Dosadas em Obra:

       – Comuns (Cimento, Cal Hidratada e Areia): São as argamassas comuns de obra.

       – Argamassas com aditivos: São derivações das argamassas comuns acrescidas de aditivos para melhora de desempenho ou redução de algum dos componentes.

Nesse artigo vamos falar sobre as argamassas dosadas em obra. Essas argamassas tem várias funções numa obra de construção civil, como:

  • Revestimento de vedações, com as camadas de chapisco, emboço e reboco;
  • Assentamento de blocos de concreto ou cerâmico;
  • Encunhamento das últimas fiadas de bloco;
  • Nivelamento de superfícies pelo contrapiso;
  • Preenchimento de vazios e ajustes como rasgos na parede;

Técnicas erradas são as maiores fontes de patologias em obra. No Brasil não existem regras formais sobre os traços de argamassa e assim fica difícil fazer a escolha ideal. Isso, somado ao fato que muitas vezes o responsável pela escolha não tem conhecimento técnico para tal, gera problemas como fissuração do reboco, esfarelamento, desplacamento de camadas de revestimento e baixa aderência às superfícies, etc.

Para contornar esses problemas, separamos 3 pontos principais de atenção que um responsável técnico deve se atentar durante a dosagem e aplicação de argamassas:

  • Componentes
  • Tipos de uso e dosagem
  • Qualidade de fontes de informação

1) Componentes

A dosagem das argamassas são sempre referenciadas com relação aos volumes de seus componentes materiais cimento : cal : areia. Vale aqui uma breve explicação e dicas sobre cada um deles:

  •  Cimento: exerce papel importante na aderência, na resistência mecânica da parede e na estanqueidade à água das juntas.

      Dica: Evite a utilização de cimentos de alto forno (CP III) ou pozolânico (CP IV). Devido à grande presença de escória de alto forno e de material pozolânico, a argamassa poderá ter elevada retração (provocando trincas) caso não haja adequada hidratação do aglomerante.

  • Cal Hidratada: seu poder de retenção de água propicia maior potencial de acomodar movimentações, ela deixa a argamassa menos sucetível às fissuras ao custo de diminuir a resistência.
  • Aditivos: A cal vem perdendo espaço para aditivos que além de cumprir sua função geram maior economia e eficiência no canteiro. Por esse motivo, citaremos alguns exemplos de aditivos, também é importante frisar que existem muitas outras opções de aditivos no mercado.
  • Areia: As argamassas em geral devem utilizar areia lavada média (módulo de finura em torno de 2 a 3).

      Exceções: Para reboco utilizar areia peneirada. Para chapisco podemos utilizar também a areia lavada grossa.

      Dica: Tome cuidado com areias com excesso de finos (muito pó), eles podem prejudicar o desempenho argamassa.

  • Água: Essa é a parte mais “complexa” da argamassa. Nas argamassas comuns o volume de água utilizado será em torno de 20% do volume dos demais materiais.

       Dica: Não acrescente toda a água de uma vez, deixe uma parte para o final e acrescente aos poucos até atingir a trabalhabilidade necessária.

2) Tipos de uso para argamassa e traço

De modo geral, as argamassas devem ser dosadas na proporção volumétrica de 1:3 a 1:4, sendo aglomerante (cimento+cal) e agregado respectivamente. Veja alguns exemplos práticos de dosagem para usos específicos:

Dica: Um saco de cimento de 50kg tem aproximadamente 36L, se o traço esta sendo trabalhado em latas (18L cada), um saco equivale a duas latas de cimento.

2.1)Argamassa para assentamento:

  •  Alvenaria de vedação:

      – Comum para Bloco de concreto: 1 : 0,5 : 6.

      – Comum para Bloco Cerâmico: 1 : 2 : 9 a 12.

      – Com Vedalit1:8 (cimento:areia), 100mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50mL para cada lata de cimento.

      – Com Alvenarit: 1:8 (cimento:areia), 200mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100mL para cada lata de cimento.

      – Com BotaMIX Alvenaria: 1:8, 200 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100 a 125mL para cada lata de cimento.

      – Com Argaplast: 1:8 a 9, 100 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50 a 125mL para cada lata de cimento.

      Dica: Nas dosagens com intervalo, “1:2:9 a 12”, por exemplo, o traço pode escolhido de acordo com a qualidade da areia. Na dúvida utilize a menor, 1:2:9.

  • Argamassa para complementação da alvenaria (encunhamento):

      – Comum: 1 : 3 : 12 a 15.

      – Com Expansor: 1:3, sendo a proporção em massa de aditivo igual a 1% da massa de cimento, ou seja, 250g para cada lata de cimento.

      – Com ViaMIX Expansivo: 1:3, sendo a proporção em massa de aditivo igual a 0,75% da massa de cimento, ou seja, 190g para cada lata de cimento.

  • Alvenaria de estrutural:

Exige estudo mais profundo do tema, avaliando as resistências ao carregamento e deve ser especificada no projeto estrutural. Abaixo temos uma tabela com exemplo de possíveis traços de argamassa:

2.2)Argamassa para revestimento de paredes e tetos:

Caso a superfície a revestir esteja muito seca e possa absorver grande quantidade de água é recomendável umedecê-la antes.

  • Chapisco: Utilizar cimentos tipo CP-I ou CP-II e areia grossa, com traço 1:3
  • Emboço:1 : 2 : 8. Camada de 1 a 2,5cm.
  • Reboco: 1 : 2 : 9. Devemos trabalhar como a camada em torno de 1cm.
  • Emboço e Reboco:

      – Com Vedalit1 : 6, sendo 100mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50mL para cada lata de cimento.

      – Com Alvenarit: 1 : 6, sendo 200mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100mL para cada lata de cimento.

      – Com Sikanol AlvenariaInterno 1:8,Externo 1:6, 100 a 300mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50 a 150mL para cada lata de cimento.

      – Com Bautech Plast CInterno 1:8,Externo 1:6, 100mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50mL para cada lata de cimento.

      – Com BotaMIX Alvenaria: Interno 1:8,Externo 1:6, 200 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100 a 125mL para cada lata de cimento.

      – Com ArgaplastInterno 1:8 a 9, Externo 1:6, 100 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50 a 125mL para cada lata de cimento.

2.3)Argamassa de Nivelamento:

  • Contrapiso:1:3 (cimento:areia), espessura em torno de 2,5 cm.

3 Qualidade da informação

Como já comentamos, não existe uma norma, como as da ABNT, que determine os traços das argamassas. Na internet encontramos muitas tabelas de traço que não podemos classificar como confiáveis por falta de fonte de qualidade. Por isso, nesse artigo, utilizamos literaturas de referências científicas no país, abaixo seguem os links para acessá-las:

  • No caso dos aditivos, o próprio fabricante fornece folhetos com traço específico para cada uso e orientações extras.

 

Esperamos que você tenha sucesso na aplicação desses traços e que o desempenho final seja satisfatório.

Depois volte aqui e compartilhe suas experiências !

Até a próxima!

 

Creditos

Engenheiro no Canteiro

WhatsApp WhatsApp
Ir para o conteúdo